Olá Pessoal!
Segue alguns links interessantes para vocês estudarem para a prova de Biogeografia:
- http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/3352.htm
-http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/3351.htm
- http://www.youtube.com/watch?v=IZ2MjAbJSgg
Importantíssimo
http://www.nre.seed.pr.gov.br/amnorte/arquivos/File/Equipe%20de%20Ensino/Geografia/Atlas_Floretal/7.pdf
Aula
https://www.google.com.br/#q=sucess%C3%A3o+ecol%C3%B3gica+dakir+ppt
terça-feira, 17 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Níveis Tróficos
Níveis tróficos
Para pirâmides ecológicas clique aqui
Nível trófico, também conhecido por nível alimentar, representa o conjunto biótico (animais e vegetais) que integra o mesmo ecossistema, e nesse possui semelhantes hábitos alimentares.
De acordo com a forma nutricional, os componentes bióticos são classificados em: autotrófico e heterotrófico.
Autotróficos → são aqueles que sintetizam o próprio alimento a partir da conversão da matéria inorgânica em matéria orgânica, na presença de energia solar. Exemplo: algas fotossintetizantes e os vegetais (folhas clorofiladas).
Heterotróficos → são organismos incapacitados de elaborar o próprio alimento, necessitando adquiri-los através do hábito alimentar (ingestão, digestão e absorção). Exemplo: os invertebrados e os vertebrados.
A especificidade dos ecossistemas (aquáticos ou terrestres) caracteriza a estrutura trófica e sua organização, definindo a hierarquização dos níveis alimentares, sendo basicamente ordenada pelos organismos produtores (autótrofos), organismos essenciais do primeiro nível trófico, suporte para os subsequentes níveis, comportando os consumidores e os decompositores (heterótrofos).
A categoria dos consumidores é bem distinta, sua composição tem a seguinte estruturação:
Todos os consumidores que se alimentam de seres produtores são considerados consumidores primários ou de primeira ordem (herbívoros). Os consumidores que se alimentam dos que constituem a primeira ordem são denominados de consumidores secundários ou de segunda ordem (carnívoros que se alimentam de herbívoros). Organismos que alimentam de consumidores secundários são considerados consumidores terciários (carnívoros que se alimentam de carnívoros), seguindo essa lógica para designar, se houver, as ordens sequentes até atingir o nível ocupado pelos seres decompositores.
De acordo com a forma nutricional, os componentes bióticos são classificados em: autotrófico e heterotrófico.
Autotróficos → são aqueles que sintetizam o próprio alimento a partir da conversão da matéria inorgânica em matéria orgânica, na presença de energia solar. Exemplo: algas fotossintetizantes e os vegetais (folhas clorofiladas).
Heterotróficos → são organismos incapacitados de elaborar o próprio alimento, necessitando adquiri-los através do hábito alimentar (ingestão, digestão e absorção). Exemplo: os invertebrados e os vertebrados.
A especificidade dos ecossistemas (aquáticos ou terrestres) caracteriza a estrutura trófica e sua organização, definindo a hierarquização dos níveis alimentares, sendo basicamente ordenada pelos organismos produtores (autótrofos), organismos essenciais do primeiro nível trófico, suporte para os subsequentes níveis, comportando os consumidores e os decompositores (heterótrofos).
A categoria dos consumidores é bem distinta, sua composição tem a seguinte estruturação:
Todos os consumidores que se alimentam de seres produtores são considerados consumidores primários ou de primeira ordem (herbívoros). Os consumidores que se alimentam dos que constituem a primeira ordem são denominados de consumidores secundários ou de segunda ordem (carnívoros que se alimentam de herbívoros). Organismos que alimentam de consumidores secundários são considerados consumidores terciários (carnívoros que se alimentam de carnívoros), seguindo essa lógica para designar, se houver, as ordens sequentes até atingir o nível ocupado pelos seres decompositores.
Muitos consumidores ocupam no ecossistema distintos níveis tróficos, tendo em vista a baixa seletividade nutricional, ou seja, possuem variados hábitos alimentares. Esses animais são denominados onívoros, alimentando-se tanto de herbívoros (vegetais) quanto de carnívoros (animais), a exemplo da espécie humana, cujas refeições diárias deveriam ser balanceadas, composta de vegetais (frutas, legumes, raízes) e carne (bovina, suína, de aves e peixes).
Contudo, a relação trófica, configurando o aspecto cíclico de reciclagem da matéria, tem como último nível trófico representado pelos seres decompositores ou detritívoros, nutrindo-se de restos orgânicos ou de organismos mortos.
Normalmente, nos ecossistemas, os decompositores mais importantes são os fungos e as bactérias, que se alimentam dos produtos da degradação dos compostos orgânicos, a partir da digestão pela secreção de enzimas. Dessa forma, a matéria retorna ao meio ambiente, sendo reutilizado na síntese orgânica pelos produtores autotróficos.
“Na luta pela sobrevivência, nem sempre vence o maior ou o mais forte, pois os organismos decompositores (seres microscópicos ou macroscópicos) fecham a relação trófica alimentar – eles comem de tudo; porém tudo o que não expressa reações vitais (a matéria morta).”
Contudo, a relação trófica, configurando o aspecto cíclico de reciclagem da matéria, tem como último nível trófico representado pelos seres decompositores ou detritívoros, nutrindo-se de restos orgânicos ou de organismos mortos.
Normalmente, nos ecossistemas, os decompositores mais importantes são os fungos e as bactérias, que se alimentam dos produtos da degradação dos compostos orgânicos, a partir da digestão pela secreção de enzimas. Dessa forma, a matéria retorna ao meio ambiente, sendo reutilizado na síntese orgânica pelos produtores autotróficos.
“Na luta pela sobrevivência, nem sempre vence o maior ou o mais forte, pois os organismos decompositores (seres microscópicos ou macroscópicos) fecham a relação trófica alimentar – eles comem de tudo; porém tudo o que não expressa reações vitais (a matéria morta).”
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
Sucessão Primária e Secundária
Sucessão primária e secundária
Publicado por: Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca Ribeiro em Ecologia
As sucessões ecológicas podem ser caracterizadas a partir do potencial de adaptação de comunidades pioneiras em ambientes anteriormente inabitados, ou pela substituição destas por outras, com melhor tendência ao equilíbrio, estabelecendo comunidade clímax de acordo com os fatores abióticos: temperatura, umidade, insolação, pluviosidade e outros, perdurando por várias décadas, alguns séculos ou milhares de anos.
Normalmente, as espécies colonizadoras são as gramíneas ou demais plantas de pequeno porte, com esporos ou sementes transportados pelos ventos, se instalando em locais inóspitos, suportando as adversidades climáticas (solo pouco estável, escassez de água e calor intenso), abrindo caminho para a povoação de outros organismos.
Dessa forma, entende-se por sucessão primária, aquela que ocorre em regiões estéreis (sem vida), por exemplo, terrenos cobertos pelo extravasamento e escoamento de lava, rochas expostas por recuo de geleiras, ilhas vulcânicas ou dunas de areias.
E secundária nos locais já habitados cujo equilíbrio foi rompido devido alterações ambientais drásticas, causadas ou não pelo ser humano.
Essa condição configura o cenário observado em plantações abandonadas, matas destruídas por incêndios e lagos que secaram, sendo a vegetação parcialmente ou completamente destruída.
No bioma cerrado, as sucessões ecológicas se alternam em conseqüência dos eventos naturais de queimadas, recompondo sazonalmente essa fitofisionomia.
Sucessão ecológica é o desenvolvimento de uma comunidade ou biocenose, compreendendo a sua origem, crescimento, até chegar a um estado de equilíbrio dinâmico com o meio ambiente. Tal dinamismo é uma característica essencial das biocenoses.
Toda biocenose é influenciada pelo seu biótopo, e reciprocamente todo biótopo é influenciado pela sua comunidade.
Dada a variabilidade dos fatores climáticos, geológicos e bióticos, a evolução será obrigatória, apenas com velocidade dependente do caso particular. Ação: é a influência exercida pelo meio ambiente sobre a comunidade. Reação: é a influência exercida pela comunidade sobre o hábitat (destruição, edificação, modificação). Coação: é a influência que os organismos exercem entre si.
Estágios da sucessão ecológica
A sucessão não surge repentinamente, de uma forma abrupta, mas sim num aumento crescente de espécies, até atingir uma situação que não se modifica com o ambiente, denominada clímax. Uma sucessão pode iniciar-se de diversas maneiras: numa rocha nua, numa lagoa, num terreno formado por sedimentação etc.
O primeiro passo é a migração de espécies de outras áreas para a região onde irá iniciar-se a sucessão. As espécies chegam a essa região através dos elementos de reprodução (esporos, sementes etc.).
As condições desfavoráveis — intensa iluminação, solo muito úmido ou muito seco, temperatura elevada do solo — só permitem o desenvolvimento de algumas espécies.
As condições desfavoráveis — intensa iluminação, solo muito úmido ou muito seco, temperatura elevada do solo — só permitem o desenvolvimento de algumas espécies.
Essas espécies que se desenvolvem inicialmente no ambiente inóspito são chamadas pioneiras. São espécies de grande amplitude, isto é, não são muito exigentes, não tolerando apenas as grandes densidades.
Esta vegetação é constituída por liquens, musgos, plantas de dunas etc.
Esta primeira etapa da sucessão chama-se ecesis. A ecesis é, pois, a capacidade de uma espécie pioneira de se adaptar e de se reproduzir numa nova área.
A vegetação pioneira permite a preparação de um novo ambiente que, por sua vez, permite o estabelecimento de outras espécies vegetais. Outras espécies migram, algumas desaparecem, ocorrendo, conseqüentemente, alterações até se atingir o clímax. Na sucessão, as espécies de maior amplitude ecológica são substituídas pelas de menor amplitude. As populações mais simples precedem as mais complexas; aumenta a diversidade de espécies; as formas herbáceas são substituídas pelas arbóreas. Denominam-se seres as comunidades temporárias que surgem no decorrer de uma sucessão.
Tipos de sucessão ecológica
As sucessões podem ser primárias, secundárias e destrutivas.
1. Sucessões ecológicas primárias
As sucessões primárias correspondem a instalações dos seres vivos em um ambiente que nunca foi habitado.
Exemplificaremos através das sucessões que ocorrem nas rochas e lagoas.
Sucessão numa rocha nua
Os organismos pioneiros são representados pelos liquens. Através de ácidos orgânicos produzidos pelos liquens, a superfície da rocha vai sendo decomposta. A morte destes organismos, associada à decomposição da rocha, permite o aparecimento de outros vegetais como os musgos. Estes, por sua vez, permitem através de sua ação o aparecimento de espécies maiores, como as bromélias e gramíneas.
Sucessão numa lagoa
As águas paradas de lagoas e charcos são formações transitórias. Elas se formam quando o sistema normal de drenagem de terra fica interrompido pela elevação brusca do terreno (tremores de terra) ou por variações que se processam muito lentamente através de longos períodos geológicos. Uma lagoa está sempre em evolução. A tendência geral é o seu desaparecimento final, pois ela vai sendo constantemente aterrada por sedimentos que as águas trazem das elevações vizinhas.
Na lagoa, o plâncton é o primeiro sistema de produtores que se desenvolve. Quando os seus cadáveres começam a enriquecer o fundo das margens com material orgânico, a vegetação aquática pode aí se estabelecer. As folhas e caules mortos aumentam o húmus do fundo, e de ano para ano a vegetação avança das margens para o centro. Na borda, onde estavam as plantas pioneiras, começam a aparecer arbustos lenhosos e, depois de um certo tempo, as árvores. O terreno eleva-se graças à sedimentação de restos vegetais e, finalmente, onde estavam, de início, as plantas aquáticas fixam-se arbustos e árvores, e o que era, de início, o charco marginal se transforma em terra firme.
2. Sucessões ecológicas secundárias
As sucessões secundárias aparecem em um meio que já foi povoado, mas em que os seres vivos foram eliminados por modificações climáticas (glaciações, incêndios), geológicas (erosão) ou pela intervenção do homem. Uma sucessão secundária leva muitas vezes à formação de um disclímax, diferente do clímax que existia anteriormente.
É o caso da sucessão numa floresta destruída.
Um trecho da floresta é destruído (homem ou fogo) e o local é abandonado por certo tempo. A recolonização é feita por etapas: em primeiro lugar, o terreno é invadido pelo capim e outras ervas; depois, aparecem arbustos e, no final, árvores. O processo, simplificado, é o seguinte:
o terreno descoberto recebe sol direto e fica superaquecido, superiluminado e seco. Em tais condições, as sementes das árvores silvestres não vingam, já que exigem sombra e umidade, mas o capim só germina em solo descampado — a terra coberta pelo capim e pelas ervas retém mais umidade. Algumas sementes que antes não podiam germinar agora o fazem, dando ervas maiores e arbustos. Depois de muitos anos, predominam certos arbustos; sua sombra começa a prejudicar o capim e as ervas, e o ambiente fica propício para a germinação de sementes que produzirão árvores. O capim e as ervas pioneiras vão desaparecendo, enquanto as árvores acabam por dominar os arbustos. Cada comunidade que se instala no terreno prepara o ambiente para a comunidade seguinte, que a suplantará. Para finalizar, considere o caso em que um trecho da caatinga é destruído e em área próxima planta-se grande quantidade de árvores florestais.
Depois de um certo tempo, a comunidade clímax vai ser caatinga, e não floresta, porque cada região tem um clímax característico, determinado pelo clima local. A vegetação é reflexo do clima (a floresta é conseqüência da chuva, e não o contrário).
3. Sucessões ecológicas destrutivas
Sucessões destrutivas são aquelas que não terminam em um clímax final. Nesse caso, as modificações são devidas a fatores bióticos, e o meio vai sendo destruído, pouco a pouco, por diferentes seres. E o que acontece com os cadáveres.
Características de uma sucessão ecológica
Em todas as sucessões, pode-se observar que:
- aumenta a biomassa e a diversidade de espécies;
- nos estágios iniciais, a atividade autotrófica supera a heterotrófica. Daí a produção bruta (P) ser maior que a respiração (R) e a relação entre P e R ser maior do que 1;
- nos estágios de clímax há equilíbrio e a relação P/R = 1.
O ecótono
Geralmente a passagem de uma biocenose para outra nunca ocorre de forma abrupta; costuma haver uma zona de transição, designada ecótono. Em tal região o número de espécies é grande, existindo, além das espécies próprias, outras provenientes das comunidades limítrofes.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
Aula sobre Vegetação
Vegetação. (1) Conjunto de vegetais que ocupam uma
determinada área; tipo da cobertura vegetal; as comunidades das plantas do
lugar; termo quantitativo caracterizado pelas plantas abundantes (GOODLAND,
1975). (2) Quantidade total de plantas e partes vegetais como folhas, caules e
frutos que integram a cobertura da superfície de um solo. Algumas vezes o termo
é utilizado de modo mais restrito para designar o conjunto de plantas que vivem
em determinada área (CARVALHO, 1981). (3) Conjunto de plantas e associações
vegetais.
Vegetação natural. Floresta ou outra formação
florística com espécies predominantemente autóctones, em clímax ou em processo
de sucessão ecológica natural (Resolução CONAMA nº 04 de 18.09.85).
Vegetação de excepcional valor paisagístico.
Vegetação existente nos sítios considerados de excepcional valor paisagístico
em legislação do Poder Público Federal, Estadual ou Municipal (Resolução CONAMA
010/93).
Vegetação Primária – (1) Vegetação de máxima
expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações
antrópicas mínimas, a ponto de não afetar significativamente suas
características originais de estrutura e espécies (Resolução CONAMA 010/93).
(2) Vegetação que evolui sob as condições ambientais reinantes do renascimento
de plantas após a destruição ou retirada total ou parcial da vegetação primária
ou original.
Vegetação secundária ou em regeneração. Vegetação
resultante de processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial
da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer
árvores remanescentes da vegetação primária (Resolução CONAMA 010/93)
Vegetação nativa no estágio inicial. Formação
pioneira onde a composição florística dominante é composta pelos gêneros Cecropia, Trema, entre outras, que
apresentam a idade em torno de 1 a 3 anos, altura variando entre 5 a 8 metros,
formando um dossel denso, homogêneo e um estrato baixo emaranhado com poucas
espécies arbóreas onde o número oscila entre 1 e 5 espécies, tendo um tempo de
vida das espécies dominantes muito curto, menos de 10 anos (Portaria Normativa
IBAMA 84/91).
Vegetação nativa no estágio médio de regeneração.
Formação denominada capoeira, onde a composição florística dominante é composta
pelos gêneros Cecropia, Trema, Heliocarpus, entre outras, que apresenta idade de 5 a 15 anos,
altura variando entre 15 a 20 metros, formando um dossel com ramificação
vertical, com coroa horizontal e um estrato baixo e denso, com frequência
variável de espécies herbáceas, onde o número de espécies arbóreas é pouca,
variando de 1 a 10 espécies, e o tempo de vida das dominantes é curto, de 10 a
25 anos (Portaria Normativa IBAMA 84/91).
Vegetação nativa no estágio avançado de
regeneração. Formação denominada capoeirão, onde a composição florística
dominante é composta por uma mistura das famílias Meliaceae, Bombacaceae,
Tiliaceae, entre outras, que apresentam idade em torno de 20 a 50 anos, altura
variando entre 20 a 30 metros, sendo que algumas alcançam 50 metros, formando
um dossel heterogêneo, incluindo coroas bastante largas e um estrato
relativamente escasso, incluindo espécies tolerantes onde o número de espécies
e o tempo de vida dominante, inicialmente é de 40 a 100 anos ou mais (Portaria
Normativa IBAMA 84/91).
RESOLUÇÃO CONAMA N. 002, DE 18 DE MARÇO DE 1994
Define formações vegetais primárias e estágios
sucessionais de vegetação secundária, com finalidade de orientar os
procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação nativa no Paraná.
Art. 1° Considera-se como vegetação primária, toda
comunidade vegetal, de máxima expressão local, com grande diversidade
biológica, sendo os efeitos antrópicos mínimos, a ponto de não afetar
significativamente suas características originais de estrutura e de espécie.
Art. 2° As formações florestais abrangidas pela
Floresta Ombrófila Densa (terras baixas, submontana e montana), Floresta
Ombrófila Mista (montana) e a Floresta Estacional Semidecidual (submontana), em
seus diferentes estágios de sucessão de vegetação secundária, apresentam os
seguintes parâmetros, no Estado do Paraná, tendo como critério a amostragem dos
indivíduos arbóreos com CAP igual ou maior que 20 cm.
Floresta ombrófila densa é uma mata perenifólia, ou
seja: sempre verde com dossel de até 50 m, com árvores emergentes de até 40 m
de altura. Possui densa vegetação arbustiva, composta por samambaias,
arborescentes, bromélias e palmeiras. As trepadeiras e epífitas (bromélias e
orquídeas) cactos e samambaias também são muito abundantes. Nas áreas úmidas,
as vezes temporariamente encharcadas, antes da degradação do homem, ocorriam
figueiras, jerivás (palmeira) e palmitos (Euterpe edulis).
O termo criado por Ellemberg & Mueller-Dombois substituiu Pluvial (de origem latina) por
Ombrófila (de origem grega), ambos com o mesmo significado “amigo das chuvas”.
Sua principal característica ecológica reside nos ambientes ombrófilos,
relacionada com os índices termo-pluviométricos mais elevados da região
litorânea e da Amazônia. A precipitação bem distribuída durante o ano,
determina uma situação bioecológica praticamente sem período seco (0 a 60 dias
no ano).
Tem cinco divisões, com fisionomias diferentes:
1 - floresta ombrófila densa aluvial: vegetação
ripária, tanto no rio Amazonas como em outras bacias hidrográficas em todo o
Brasil
2 - floresta ombrófila densa das terras baixas:
geralmente costeira, ocorre da Amazônia até o Rio de Janeiro com formação
florística diversa da encontrada nos estados mais ao sul
3 - floresta ombrófila densa submontana: de solo
mais seco, apresenta dossel de alto porte, até 50 m na Amazônia e 30 no resto
do país
4 - floresta ombrófila densa montana: dossel
uniforme de cerca de 20 m, ocorre de 600 a 2000 m na Amazônia e 500 a 1500 m no
resto do país
5 - floresta ombrófila densa altomontana: mata
nebular
Floresta Ombrófila Mista
Este tipo de ecossistema florestal, também
conhecido como "mata-de-araucária", é um tipo de vegetação do planalto
meridional, onde ocorria com uma abrangência de 250.000 km2, distribuída nos
estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Esta floresta apresenta formações florísticas em
refúgios situados nas Serras do Mar e da Mantiqueira, muito embora no passado
tenha se expandido bem mais ao norte, porque a familia Araucariaceae
apresentava dispersão paleogeográfica que sugere ocupação bem diferente da
atual. A composição florística deste tipo de vegetação é dominada por gêneros primitivos
como Drymis, Araucaria
(australásicos) e Podocarpus
(afro-asiático), que sugerem, em face da altitude e da latitude do planalto
meridional, uma ocupação recente a partir de refúgios alto-montanos.
A floresta estacional semidecidual constitui a vegetação
típica do bioma da Mata Atlântica, estando condicionada pela dupla
estacionalidade climática, perdendo parte das folhas (20 a 50%) nos períodos
secos.
É constituída por fanerófitos com gemas foliares
protegidas da seca por escamas (catáfilos ou pêlos), tendo folhas adultas
esclerófilas ou membranáceas deciduais. O grau de decidualidade, ou seja, a
perda das folhas é dependente da intensidade e duração de basicamente duas
razões: as temperaturas mínimas máximas e a deficiência do balanço hídrico.
§ 1° Estágio inicial:
a) fisionomia herbáceo/arbustiva, formando um
estrato, variando de fechado a aberto, com a presença de espécies
predominantemente heliófitas;
b) espécies lenhosas ocorrentes variam entre um a
dez espécies, apresentam amplitude diamétrica pequena e amplitude de altura
pequena, podendo a altura das espécies lenhosas do dossel chegar até 10 m, com
área basal (m2 /há) variando entre 8 a 20 m2/há; com distribuição diamétrica
variando entre 5 a 15 cm, e média da amplitude do DAP 10 cm;
c) o crescimento das árvores do dossel é rápido e a
vida média das árvores do dossel é curta;
d) as epífitas são raras, as lianas herbáceas
abundantes, e as lianas lenhosas apresentam-se ausentes. As espécies gramíneas
são abundantes. A serapilheira quando presente pode ser contínua ou não,
formando uma camada fina pouco decomposta;
e) a regeneração das árvores do dossel é ausente;
f) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio
inicial de regeneração, entre outras podem ser consideradas: bracatinga (Mimosa scabrella), vassourão (Vernonia discolor), aroeira (Schinus terebenthi folius), jacatirão (Tibouchina selowiana e Miconia circrescens), embaúba (Cecropia adenopus), maricá (Mimosa bimucronata), taquara e taquaruçu
(Bambusa sp.).
esciófitas - estão sempre
fixadas a pouca altura dos forófitos, no solo, em raízes e em pedras, portanto
tolerantes à sombra;
mesófitas ou indiferentes -
encontram-se fixadas nos troncos, galhos médios ou no interior das árvores, com
média intensidade de luz;
heliófitas - são exigentes
em luz e, portanto, geralmente estão fixadas nos galhos superiores e médios das
árvores mais altas da floresta, além de rochas expostas (inselbergs).
§ 2° Estágio médio:
a) fisionomia arbustiva e/ou arbórea, formando de 1
a 2 estratos, com a presença de espécies predominantemente facultativas;
b) as espécies lenhosas ocorrentes variam entre 5 e
30 espécies, apresentam amplitude diamétrica média e amplitude de altura média.
A altura das espécies lenhosas do dossel varia entre 8 e 17 metros, com área
basal (m2 /há) variando entre 15 e 35 m2 /há; com distribuição diamétrica
variando entre 10 a 40 cm, e média da amplitude do DAP 25 cm;
c) o crescimento das árvores do dossel é moderado e
a vida média das árvores do dossel é média;
d) as epífitas são poucas, as lianas herbáceas
poucas e as lianas lenhosas raras. As espécies gramíneas são poucas. A
serapilheira pode apresentar variações de espessura de acordo com a estação do
ano e de um lugar a outro;
e) a regeneração das árvores do dossel é pouca;
f) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio
médio de regeneração, entre outras, podem ser consideradas: congonha (Ilex theezans), vassourão-branco (Piptocarpha angustifolia), canela guaica
(Ocotea puberula), palmito (Euterpe edulis), guapuruvu (Schizolobium parayba), guaricica (Vochsya bifalcata), cedro (Cedrela fissilis), caxeta (Tabebuia cassinoides), etc.
§ 3° Estágio avançado:
a) fisionomia arbórea dominante sobre as demais,
formando dossel fechado e uniforme do porte, com a presença de mais de 2
estratos e espécies predominantemente umbrófilas (umbrófila é o tipo de planta
que está adaptada a aparecer em lugares sombreados);
b) as espécies lenhosas ocorrentes apresentam
número superior a 30 espécies, amplitude diamétrica grande e amplitude de
altura grande. A altura das espécies lenhosas do dossel é superior a 15 metros,
com área basal (m2 /há) superior a 30 m2 /há; com distribuição diamétrica
variando entre 20 a 60 cm, e média da amplitude do DAP 40 cm;
c) o crescimento das árvores do dossel é lento e a
vida média da árvore do dossel é longa;
d) as epífitas são abundantes, as lianas herbáceas
raras e as lianas lenhosas encontram-se presentes. As gramíneas são raras. A
serapilheira está presente, variando em função do tempo e da localização,
apresentando intensa decomposição;
e) a regeneração das árvores do dossel é intensa;
f) as espécies mais comuns, indicadoras do estágio
avançado de regeneração, entre outras podem ser consideradas: pinheiro (Araucaria angustifolia), imbuia (Ocotea porosa), canafístula (Peltophorum dubgium), ipê (Tabebuia alba), angico (Parapiptadenia rigida), figueira (Ficus sp.).
Vegetação do Paraná
Notas sobre as
tipologias vegetais do Paraná
Marcelo G. Caxambu
Formações Pioneiras de Influência Flúvio-Lacustre (Várzeas, Brejos):
São ambientes geologicamente instáveis, com solos formados por processos de
deposição (Neossolos aluviais) ou pela presença acentuada de matéria orgânica (Organossolos).
Predominantemente sujeitos a inundações periódicas. Ocorrem em depressões
úmidas ou ainda em margens de rios e nascentes. São áreas onde a fisionomia é
bastante semelhante à campestre, com vegetação herbácea composta por Poaceae,
Cyperaceae, Juncaceae, Typhaceae, dentre outras, sendo semelhantes, ao leigo,
as gramíneas de maior porte. São, por essência, áreas de preservação
permanente.
Floresta Ombrófila Mista Montana: Formação florestal com chuvas bem
distribuídas ao longo do ano, (daí o termo Ombrófila), composta de uma mistura
das floras australásicas (Drymis ou
cataia e Araucaria ou pinheiro-do-paraná) e afroasiática (Podocarpus ou pinheiro-bravo). O temo
Montana, remete a formações ocorrentes, no Paraná, entre 700 e 1000 m de
altitude.
Floresta Ombrófila Mista Altomontana: formação de Floresta
Ombrófila Mista localizada acima de 1000 m de altitude. Diferencia-se,
basicamente, da formação Montana, por possuir uma florística mais simplificada.
Floresta Ombrófila Mista Aluvial (ver Floresta Ombrófila Mista
Montana): Ocorre na margem dos rios e fazendo divisa com as formações
pioneiras flúvio-lacustres. Algumas espécies são dominantes como o branquinho
ou branquilho Sebastiania commersoniana
que forma um estrato arbóreo contínuo, ao longo destas áreas, chegando a compor
entre 40-60% do número de indivíduos arbóreos deste ambiente.
Savana: Denominada popularmente de cerrado, a savana caracteriza-se
por possuir uma vegetação xeromorfa, isto é, com aparência de locais secos.
Entretanto, as plantas do cerrado não sofrem déficit hídrico de uma maneira
geral. Desenvolveram estruturas subterrâneas como geófitos ou xilopódios, que
são verdadeiros troncos subterrâneos que servem para armazenar substâncias
nutritivas e água, bem como conferem a planta resistência ao fogo. Muitas
plantas também apresentam cascas grossas, como defesa contra o fogo que ocorre
neste ambiente.
Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Semi-Caducifólia): Esta
formação florestal caracteriza-se por apresentar entre 20 a 50% do componente
arbóreo com perda de folhas na época desfavorável (seca ou frio), de onde o
termo semidecidual deriva. Se mais que 50% dos indivíduos arbóreos perdessem as
folhas, estaríamos frente a uma floresta deciadual. O termo estacional diz
respeito a dupla variabilidade climática na região de ocorrência, com chuvas
concentradas nos meses mais quentes e um período de seca fisiológica nos meses
mais frios.
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial (Floresta Semi-Caducifólia): É
a formação ocorrente na margem dos rios e das formações pioneiras sob o domínio
desta tipologia vegetal. È caracterizada pela presença de ingás Inga spp. e Ficus spp. Ao longo das margens rochosas ou com solo profundo. Em
áreas mais úmidas, com presença de neossolos flúvicos, organossolos
hidromórficos e gleissolos, ocorrem plantas adaptadas a freqüentes inundações
como a sangra-d’água Cróton urucurana,
a embaúba Cecropia pachystachya, o
novateiro Triplaris americana, ingás Inga spp. Dentre outras espécies
arbóreas a arbustivas. Se comparada a Floresta Estacional Semidecidual
Submontana, apresenta menor número de espécies por conta das exigências
ambientais existentes.
Estepe gramíneo-lenhosa: O termo estepe tem origem na Rússia e foi
empregado pelo IBGE para definir os campos gerais. O termo gramíneo-lenhosa
refere-se à presença de ervas graminóides e arbustos esparsos. Para alguns
vários pesquisadores a Estepe é muito semelhante à Savana, tanto em termos
florísticos, como adaptativos.
Formações Pioneiras de Influência Flúvio-Marinha (mangues e campos
salinos): São ambientes encontrados no litoral do estado, na foz dos rios
que desembocam no mar. Caracterizam-se por terrenos geologicamente instáveis,
como solos lodosos, pobres em oxigênio. Desta forma as plantas que vivem nestes
locais criaram adaptações como os pneumatóforos, que são raízes que se projetam
do solo, para captar o oxigênio e, em função do embate das marés, as essências
arbóreas possuem projeções do caule denominadas de escoras, que servem para
fixá-las no solo. Os extremos de salinidade também são constantes com as marés
cheias e vazantes, o que explica o reduzido número de espécies arbóreas
adaptadas a este ambiente, ou seja, três: Avicennia
schaueriana (Avicenniaceae); Rhizophora
mangle (Rizophoraceae) e Laguncularia
racemosa (Combretaceae). Antecedendo os mangezais, encontram-se os campos
salinos compostos de ervas de porte baixo, destacando-se Cyperaceae e Poaceae.
Formações Pioneiras de Influência Marinha (restingas):
A fisionomia deste ambiente é associada
a condições ambientais adversas tais como a salinidade, os ventos e a condições
pedológicas desfavoráveis, principalmente em dunas não fixadas. Para o
interior, existem dunas fixadas pela vegetação, onde, no lado exposto ao vento,
as plantas tem porte baixo, retorcido, enquanto que no lado protegido da duna,
com condições mais favoráveis, algumas espécies como o araçá Psidium cattleianum tem porte arbóreo.
Entre duas dunas consolidadas aparecem áreas úmidas com comunidades de plantas
características desta condição.
Floresta Ombrófila Densa: é a formação florestal mais rica do Sul
do Brasil, com maior quantidade de espécies e com alturas que podem chegar a 35
m. É denominada de densa em função do entrelaçamento das copas das árvores.
Esta formação compreende sub-formações, principalmente em função de
características do solo e dos diferentes patamares altitudinais.
Floresta Ombrófila Densa Aluvial: Ocorre na beira dos rios da Serra
do Mar e a florística é determinada principalmente pela altitude e pelo material
de origem dos solos existentes naquele ambiente.
Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas: É a formação florestal
existente entre o nível do mar e 20 metros acima deste, constituída de duas
situações: a primeira com solos influenciados pela umidade, onde são comuns
caxetas Tabebuia cassinoides e o
guanandi Calophyllum brasiliense,
formando por vezes formações que são chamadas, respectivamente, de caxetais e
guanandizais. A segunda com solos bem mais drenados, onde o guanandi está
ausente ou é muito raro e encontram-se espécies arbóreas de áreas mais secas
como canelas, ingás, palmeiras (incluindo o palmito), mirtáceas, dentre outras
essências.
Floresta Ombrófila Densa Submontana: Compreende a formação entre 20
e 600m sobre o nível dos mares. Esta formação é bastante diversificada do ponto
de vista vegetal. Desenvolve-se em diferentes tipos de solo. Neste ambiente são
encontrados, dentre outras espécies, o guapuruvu Schizolobium parahyba, a embaúba Cecropia spp. e o palmiteiro Euterpe
edulis, que são considerados, em termos práticos indicadores deste patamar
altitudinal pela sua presença, pois já não ocorrem no patamar montano
Floresta Ombrófila Densa Montana: É bastante semelhante em termos
florísticos ao patamar submontano, entretanto é mais pobre em número de
espécies que aquele em função da ocorrência de eventuais geadas e em função de
solos mais rasos. Situa-se entre 600 e 1200 m de altitude.
Floresta Ombrófila Densa Altomontana: Compreende as formações
campestres e florestais que se desenvolvem no alto das serras, acima de 1200 m
de altitude. Possuem menor número de espécies vegetais em relação ao patamar
montano, em função de solos muito rasos e ventos fortes. É uma ambiente com
acentuada umidade relativa do ar ao longo do ano e baixas temperaturas. Os
indivíduos arbóreos possuem altura variando entre 3 e 7 metros. É chamada de
“mata nebular” em função da presença das nuvens vindas do Oceano Atlântico.
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